terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Candeeiro do Dioguito

Gostaria de começar por agradecer os Natais Felizes e retribuir com o mesmo desejo...Hoje, vou mostrar o que andei a fazer. Este Natal, tive que terminar o candeeiro do Dioguito. No verão passado, comecei a fazer uma espécie de submarino/nave/foguete, com um dos meus irmãos. Depois de ter um inicio muito produtivo e giro, ficou "pendurado" por falta de reunião de irmãos e por algumas indecisões estruturais da peça. Depois de algum tempo parado, resolvi que este Natal seria uma boa prenda para Todos...mal sabia no que me estava a meter e no trabalho que ainda faltava...mas valeu a pena, vale sempre...

Começo por vos mostrar como ficou o "quadro eléctrico" e o sistema de turbinas...Sim, porque isto era, supostamente, um candeeiro...Esta peça, não tinha nenhum desenho, nem nenhuma regra a seguir, foi só inventar...literalmente...


Em baixo, está a parte da frente e a iluminação central...


Tive que alterar alguma ideias iniciais, por causa dos acabamentos, mas segui o mesmo raciocínio e fui adaptando ao material que encontrei...


Andei uns tempos a angariar pequenas peças que se pudessem encaixar no tema. Nas obras, no escritório, em casa, etc, andei à procura de manípulos, imagens de painéis de instrumentos, e outras peças, que um dia teriam de encaixar. Este Natal, peguei em todas as caixas e materiais que tinha angariado, mais algumas "tralhas" que já tinha na garagem e fui inventando. Devo dizer que inventar, demora tempo e dá trabalho. Devo ter feito 500 hipóteses diferentes, alterei cores, disposição das peças, etc, à medida que ia fazendo. Processo complicado...


Aos poucos, fui ficando com menos tempo e tive que tomar algumas decisões rápidas e eficientes  de modo a ter a peça concluída a tempo do Natal. Não gosto muito de prazos, por várias razoes. Eu vou fazendo as peças na minha cabeça, aos poucos e com tempo, quando me apressam o processo encurta-se e por vezes deixo de fazer exactamente como gostaria, porque demora mais do que o que se previa. No entanto, neste caso teve que ser...


A minha bancada, ficou virada do avesso! Brutal a confusão instalada...Tinha peças a secar e outras a iniciar, tudo espalhado e varias ideias espalhadas...O processo criativo é uma organização, desorganizada...Quando faço quiosques, ou outro tipo de peças, já tenho a peça "construída" (ou quase) na cabeça e sei sempre o que tenho que fazer, seguindo apenas a ordem de construção  Este caso complicou-me, porque não tinha o desenho na cabeça. É difícil de explicar, mas por exemplo, se tenho que colocar iluminação, esta tem que entrar antes de fechar o telhado, tudo está relacionado, com o que se vai pretender fazer a seguir...


Foi uma experiência gira e um desafio diferente. Começa por ser uma peça para uma criança e para a fazermos, temos que pensar como tal. Cores vivas, diferentes manómetros e manivelas que puxem pela imaginação, aspecto exterior, etc, fazem toda a diferença. Temos que voltar a brincar e a sonhar...Desde miúdo, sempre fiz muitos dos meus brinquedos e embora muito rústicos, eu imaginava-os espectaculares na minha cabeça. Este modo de construir, não tem nada a ver com as peças que vos tenho mostrado. Não sei comparar o nível de dificuldade, porque acho que está relacionado com a prática, mas em relação ao processo, dava para fazer dois quiosques. Para além disso, tive a agravante do prazo de entrega. No entanto, aprendi a recolher e a seleccionar outro tipo de materiais para os quais não estava tão atento, aprendi a importância das cores e das formas, aprendi a tomar decisões mais rápidas e voltei a brincar...Muito Bom...Amanha vou mostrar o resultado final, montado e terminado...


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